sábado, 20 de dezembro de 2008

Relativism

Quando eu era moleque e treinava natação na Associação Esportiva São José (AESJ, no interior de São Paulo), o Nilo que nos passava o treino tentava em vão nos ensinar que o frio era psicológico. Eu nunca duvidei, principalmente do ponto de vista dele, cheio de casacos e seco, do lado de fora da piscina (cujo aquecimento estava sempre quebrado).

O psicológico com certeza contribui, mas não tenho dúvidas sobre a relatividade, principalmente quando aplicada à temperatura (e não somente ao espaço-tempo de Einstein). Em setembro considerava menos de 64F frio. Agora frio pra mim é menos que 32F. Tudo leva a crer que mantida esta progressão geométrica, em janeiro frio pra mim será 8F, talvez 4F. Em fevereiro 2F?

A sensação térmica que o termômetro não mede mas o corpo sente é o que faz a diferença. Com vento estes dias disseram que lá fora sentia-se -8F. Me preparei com literalmente 7 camadas de roupa (camiseta manga curta, 3 camisas térmicas, camiseta manga comprida, sueter e casaco - superei aquele dia que nevou). Duas calças térmicas e uma jeans. Duas meias mais a bota. Chapéu cobrindo tudo e o inseparável cachecol.

Munido com estes 20 quilos de roupa segui um passeio a pé em Hoboken (terra do Frank Sinatra) e no final dia fui para uma festa bacana que marcou o início do Inverno. Foi a primeira vez que vi uma festa onde a bebida não ficava na geladeira. Bastava abrir a janela.




Fotos tiradas de madrugada (o tal sol da meia noite).